sexta-feira, 14 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
LÁ VAI UM MENINO
Lá vai um menino
correndo atrás do vazio.
Lá vai um menino,
que de tão pequenino
entre os carros que passam,
se perde no tempo
de ser apenas menino...
Lá vai um menino
Lá vai um menino
Esse menino,
que sonha sozinho,
só pede um pouquinho
da luz que queria.
Ter a estrela pequenina,
quando a noite vai fria.
Pobre menino.
Invisível aos olhos
que vão sonolentos,
da tristeza ensaiada,
da vida roubada,
dos sonhos menino.
Lá vai um menino
Esse menino
vai pelas calçadas,
com roupas rasgadas
e a alma em desatino.
Volta menino
Volta menino
a ser pequenino.
Vive.
A vida te dará um sorriso
e, quando à noite chegar
e com tuas asas sonhar,
te alcançará o paraíso...
e jamais terás que vagar.
Daniel Amaral
04/05/2007 correndo atrás do vazio.
Lá vai um menino,
que de tão pequenino
entre os carros que passam,
se perde no tempo
de ser apenas menino...
Lá vai um menino
Lá vai um menino
Esse menino,
que sonha sozinho,
só pede um pouquinho
da luz que queria.
Ter a estrela pequenina,
quando a noite vai fria.
Pobre menino.
Invisível aos olhos
que vão sonolentos,
da tristeza ensaiada,
da vida roubada,
dos sonhos menino.
Lá vai um menino
Esse menino
vai pelas calçadas,
com roupas rasgadas
e a alma em desatino.
Volta menino
Volta menino
a ser pequenino.
Vive.
A vida te dará um sorriso
e, quando à noite chegar
e com tuas asas sonhar,
te alcançará o paraíso...
e jamais terás que vagar.
Daniel Amaral
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
UM PIANO NA NOITE
Ouço ao longe um piano triste
Suas notas espaçadas
Me chegam melancólicas
Enquanto ressoam pelas escadas
Escadas do meu átrio vazio
Melodiosas, tristes notas
Dum piano distante, indistinto
Sons de uma tristeza remota
Como campos vazios em mim
Preenchessem os sons distantes
Dum piano tocado por mãos estranhas
Que me chega triste, rascante
Sons que não mentem,
Aos meus ouvidos trazem lembranças
E de suas notas vêm-me visões do passado
Sinto então alguma esperança
Assim, me chegam melodiosos
Distantes sons que inspiram
A saudade de tempos, lugares
Que um dia os meus olhos viram
Me chegam melancólicas
Enquanto ressoam pelas escadas
Escadas do meu átrio vazio
Melodiosas, tristes notas
Dum piano distante, indistinto
Sons de uma tristeza remota
Como campos vazios em mim
Preenchessem os sons distantes
Dum piano tocado por mãos estranhas
Que me chega triste, rascante
Sons que não mentem,
Aos meus ouvidos trazem lembranças
E de suas notas vêm-me visões do passado
Sinto então alguma esperança
Assim, me chegam melodiosos
Distantes sons que inspiram
A saudade de tempos, lugares
Que um dia os meus olhos viram
Daniel Amaral
04/05/2007
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
LÁGRIMAS
Daniel Amaral - Desenho ©2009
Os meus olhos marearam
Transbordando lágrimas sentidas
A incompreensão do mundo
Em cada lágrima escorrida
Chorei um rio caudaloso
Pedindo aos céus um rasgo de luz
As lágrimas me embotando a visão
Desta jóia rara que já não reluz
Triste e feliz ao mesmo tempo
Caem-me os ombros à realidade doída
Traduzindo a dor e o pão
O pão da vida, a dor da lida
Às batalhas de todo o dia
Esperando dar sentido a vida
Abençoada e triste caminhada
Por caminhos aborrecidos
E os meus olhos, ao contemplar o mundo
Não reconhecem, nem são reconhecidos
Daniel Amaral
18/08/2007
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
ESTRELA
Procurei-te por entre as estrelas mais brilhantes.
Juro-te que já tinha perdido as esperanças
Pois pensava que te perdera num instante...
Mas aí, de repente, eis que surges
Em todo o teu esplendor...
Não consegui resistir à tua formosura de estrela
E passei a quedar-me embevecido com a tua beleza,
Oh, estrela pulsante e bela!
Daniel Amaral
30/11/2007
Pois pensava que te perdera num instante...
Mas aí, de repente, eis que surges
Em todo o teu esplendor...
Não consegui resistir à tua formosura de estrela
E passei a quedar-me embevecido com a tua beleza,
Oh, estrela pulsante e bela!
Daniel Amaral
30/11/2007
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
COM CARINHO
Triste
É não ter os seus versos.
Alegria
É poder lê-los...
Entre o triste
E o feliz,
Vou a buscar
O que teus sorrisos
Fizeram brotar
Entre os caracóis dos teus cabelos.
Alegria
É poder lê-los...
Entre o triste
E o feliz,
Vou a buscar
O que teus sorrisos
Fizeram brotar
Entre os caracóis dos teus cabelos.
Daniel Amaral
16/02/2008
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AO LUAR
Numa noite clara de Abril que nascia ainda,
Vi o teu rosto esculpido na branca face nua
Lá estavam os teus belos olhos brilhantes
Nos lampejos etéreos e pujantes da lua
Refletida por todo o "Mar da Tranqüilidade"
À noite que se abria ao cantar dos mornos ventos,
Retirando-me do coração tristezas e tormentos,
Me vinha a tua presença em alento e verdade
Enquanto eu caminhava pelos ermos da noite
Via o teu olhar por cada canto da solitária rua
Em todo o luar a tua presença era um açoite
A lanhar-me o dorso com o brilho morno da lua
Os meus passos ecoam distante o teu nome
Enquanto fito os teus olhos brilhantes e belos
Olho-te nos frêmitos da lua, em ternos anelos,
Para matar a saudade que impiedosa me consome
Sob o brilho límpido e sobranceiro da deusa,
As flores notívagas exalaram o teu cheiro
No instante claro em que a tua face era tudo,
Teu nome parecia ecoar pelo mundo inteiro
Vejo-te na lua que resplandece sem pejo
Ora tímida, ora fogo, em labareda transluzida
Na sinuosa noite vêm-me intenso o desejo
Enquanto vou pelas ruas da noite perdida
Ainda que me faltem as noites de luar
Ainda que me falte na vida passante
Espero, mesmo assim, para sempre te amar
E tocar tua mão e beijar-te o semblante,
Mesmo que estejas, num mágico instante,
Refletida num astro ermo e errante
Daniel Amaral
24/02/200
Lá estavam os teus belos olhos brilhantes
Nos lampejos etéreos e pujantes da lua
Refletida por todo o "Mar da Tranqüilidade"
À noite que se abria ao cantar dos mornos ventos,
Retirando-me do coração tristezas e tormentos,
Me vinha a tua presença em alento e verdade
Enquanto eu caminhava pelos ermos da noite
Via o teu olhar por cada canto da solitária rua
Em todo o luar a tua presença era um açoite
A lanhar-me o dorso com o brilho morno da lua
Os meus passos ecoam distante o teu nome
Enquanto fito os teus olhos brilhantes e belos
Olho-te nos frêmitos da lua, em ternos anelos,
Para matar a saudade que impiedosa me consome
Sob o brilho límpido e sobranceiro da deusa,
As flores notívagas exalaram o teu cheiro
No instante claro em que a tua face era tudo,
Teu nome parecia ecoar pelo mundo inteiro
Vejo-te na lua que resplandece sem pejo
Ora tímida, ora fogo, em labareda transluzida
Na sinuosa noite vêm-me intenso o desejo
Enquanto vou pelas ruas da noite perdida
Ainda que me faltem as noites de luar
Ainda que me falte na vida passante
Espero, mesmo assim, para sempre te amar
E tocar tua mão e beijar-te o semblante,
Mesmo que estejas, num mágico instante,
Refletida num astro ermo e errante
Daniel Amaral
24/02/200
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coração
Ofereço-te como uma dádiva predita.
Nos cabelos ponho-te uma pétala infinita
E a te cobrir os cílios, um lampejo de emoção.
Essa flor contida, caprichosa, prestativa,
Vem salvar-me dos horrores imponderáveis
Da solidão do teu corpo que me ofereces em abrigo
Às minhas mãos em estertores miseráveis
Mas, vem de mim essa rosa que cativas
Habita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeça no meu leito,
Enquanto voam de mim pétalas furtivas.
Se não te ofereço mais rosas cativantes
É porque sou ermo e desolado coração...
Já não brotam dos meus pés na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salão.
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que dá ao jardim onde as ervas predominam
E os lírios que imaginei, há muito de mim fugiram
Sem a água salvadora do rio que em ti habita
Daniel Amaral
15-03-2008
Nos cabelos ponho-te uma pétala infinita
E a te cobrir os cílios, um lampejo de emoção.
Essa flor contida, caprichosa, prestativa,
Vem salvar-me dos horrores imponderáveis
Da solidão do teu corpo que me ofereces em abrigo
Às minhas mãos em estertores miseráveis
Mas, vem de mim essa rosa que cativas
Habita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeça no meu leito,
Enquanto voam de mim pétalas furtivas.
Se não te ofereço mais rosas cativantes
É porque sou ermo e desolado coração...
Já não brotam dos meus pés na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salão.
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que dá ao jardim onde as ervas predominam
E os lírios que imaginei, há muito de mim fugiram
Sem a água salvadora do rio que em ti habita
Daniel Amaral
15-03-2008
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
CANTO AO OLHAR DA MOÇA RISONHA
Um átimo do brilho
Dos teus olhos desejo.
Que me venha este sol
A matar-me com um beijo!
Um átimo do teu brilho
Tu somente - em meu cantar...
A tua figura no espelho
E o som das ondas do mar.
Um átimo do brilho
Dos teus olhos persigo.
Que me venha este amor
No mais completo langor.
E que com brisa suave
Dos teus cabelos desbrave
Este meu sonho de amador.
Daniel Amaral
24/10/2008
Dos teus olhos desejo.
Que me venha este sol
A matar-me com um beijo!
Um átimo do teu brilho
Tu somente - em meu cantar...
A tua figura no espelho
E o som das ondas do mar.
Um átimo do brilho
Dos teus olhos persigo.
Que me venha este amor
No mais completo langor.
E que com brisa suave
Dos teus cabelos desbrave
Este meu sonho de amador.
Daniel Amaral
24/10/2008
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
A PARTIDA
Neve fria era o teu olhar
Quando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tanta...
Soava-me como um bradar de ondas
Nas íngremes encostas do meu peito.
Desconhecias os presentes estrelados,
Negavas as pérolas que guardei para ti...
As noites insones pedindo um horizonte de luz
Onde se realizassem todas as vontades
E, nesta sonata de desejos,
Vi entre as névoas do sobrolho
Que te foste de mim...
E olhastes para trás...
Apenas uma triste lembrança ficou:
A visão dos teus olhos reticentes,
Onde uma lágrima hesitou... e caiu
Serpenteando as maçãs do teu rosto..
Daniel Amaral
28/05/2007
Tua vontade parecia tanta...
Soava-me como um bradar de ondas
Nas íngremes encostas do meu peito.
Desconhecias os presentes estrelados,
Negavas as pérolas que guardei para ti...
As noites insones pedindo um horizonte de luz
Onde se realizassem todas as vontades
E, nesta sonata de desejos,
Vi entre as névoas do sobrolho
Que te foste de mim...
E olhastes para trás...
Apenas uma triste lembrança ficou:
A visão dos teus olhos reticentes,
Onde uma lágrima hesitou... e caiu
Serpenteando as maçãs do teu rosto..
Daniel Amaral
28/05/2007
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
A POESIA
A poesia está em alta
Todos falam dela,
Todos a querem cantar.
Mas, minh'alma triste por ela
Flutua, querendo chorar...
Por campos à fora,
Sem o teu perfume,
Sem os teus olhos
De um verde profundo,
Vão os meus ais
A um longínquo
E imaginário mundo.
A poesia de que tantos falam
Não é minha nem sua
A poesia é da lua
Que toda nua passeia a cantar
Uma canção de versos de luz,
Uma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar.
Daniel Amaral
01/08/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Todos falam dela,
Todos a querem cantar.
Mas, minh'alma triste por ela
Flutua, querendo chorar...
Por campos à fora,
Sem o teu perfume,
Sem os teus olhos
De um verde profundo,
Vão os meus ais
A um longínquo
E imaginário mundo.
A poesia de que tantos falam
Não é minha nem sua
A poesia é da lua
Que toda nua passeia a cantar
Uma canção de versos de luz,
Uma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar.
Daniel Amaral
01/08/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazio?
Em que direção volto os meus olhos?
As incertezas que vêm de mim mesmo,
Surgem das sombras do tempo. Sorrateiras.
Tento mascara-las. Esconde-las
Sob o pano insofismável da verdade.
Mas aí, caem-me as cortinas da vida
Fecha-se o livro de minha história
Caio do casulo da memória
Sob o vazio do esquecimento
Lá, onde estão escondidos
Os meus idos, que impiedosos, desditos
Ceifaram de mim o meu vulto.
Daniel Amaral
25/04/2009
As incertezas que vêm de mim mesmo,
Surgem das sombras do tempo. Sorrateiras.
Tento mascara-las. Esconde-las
Sob o pano insofismável da verdade.
Mas aí, caem-me as cortinas da vida
Fecha-se o livro de minha história
Caio do casulo da memória
Sob o vazio do esquecimento
Lá, onde estão escondidos
Os meus idos, que impiedosos, desditos
Ceifaram de mim o meu vulto.
Daniel Amaral
25/04/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
SOU POETA
Sou alguém que acredita,
Que ousa sonhar...
Desejar que a vida
Traga, além do luar,
A verdade risonha,
A felicidade querida.
Não a mentira medonha
Que a todos afronta.
Não a incompreensão
Que ao passado remonta.
Mas, aos sorrisos fartos
Abertos e felizes
De todas as cores e matizes
Inesperadas, soberbas e lindas.
Tão lindas
Que nos façam
Chorar de alegria,
E cantar a harmonia
De poder amar
Sem medo da ousadia.
Sou um poeta
Desgarrado e aturdido,
Neste mundo perdido,
Em busca da estrela tardia.
Daniel Amaral
30/08/2009
Desejar que a vida
Traga, além do luar,
A verdade risonha,
A felicidade querida.
Não a mentira medonha
Que a todos afronta.
Não a incompreensão
Que ao passado remonta.
Mas, aos sorrisos fartos
Abertos e felizes
De todas as cores e matizes
Inesperadas, soberbas e lindas.
Tão lindas
Que nos façam
Chorar de alegria,
E cantar a harmonia
De poder amar
Sem medo da ousadia.
Sou um poeta
Desgarrado e aturdido,
Neste mundo perdido,
Em busca da estrela tardia.
Daniel Amaral
30/08/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
ENTERNECER
Não sofras mais nas tristes passagens
Não deixe pedras a marcar o caminhoSempre pensando na volta, presa do medo
De abrir as asas e voar para fora do ninho
Vês no horizonte à tua frente as miragens?
Alcança-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades, do que te é mais caro,
O que decerto e verdadeiramente te contagia...
Estas existirão sempre, se caminhas e procuras
Mas não virão das noites lacrimosas, fugidias
Onde grassam, amiúde, degenerescências obscuras,
Nem do deserto, que vive de lembranças tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecer
Que se vão, dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios aquiescentes
Que sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes...
Acredita que és capaz de mudar a tua sina
Desfaz-te desta tua imagem distorcida.
Busca sem medo aquela fonte cristalina
De onde jorra o néctar que te alimenta,
Te levanta, te apruma, que te dá vida!
Daniel Amaral
20/09/2009
De abrir as asas e voar para fora do ninho
Vês no horizonte à tua frente as miragens?
Alcança-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades, do que te é mais caro,
O que decerto e verdadeiramente te contagia...
Estas existirão sempre, se caminhas e procuras
Mas não virão das noites lacrimosas, fugidias
Onde grassam, amiúde, degenerescências obscuras,
Nem do deserto, que vive de lembranças tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecer
Que se vão, dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios aquiescentes
Que sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes...
Acredita que és capaz de mudar a tua sina
Desfaz-te desta tua imagem distorcida.
Busca sem medo aquela fonte cristalina
De onde jorra o néctar que te alimenta,
Te levanta, te apruma, que te dá vida!
Daniel Amaral
20/09/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
A ANA MARIA AVELINO
Menina, mulher, guerreira,...
Cantando aos campos versos de luz.
Que força é essa que te conduz?
Este teu brilho de onde vem?
Que força é essa que te conduz?
Este teu brilho de onde vem?
Virá, decerto - este candente brilho,
Ó, guerreira de tez ofuscante,
Que do meu coração a dor traduz...
Destes teus olhos de diamante!
Daniel Amaral
06/10/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
A POESIA ENEVOADA
A POESIA ENEVOADA
O mar revoltoso me encantava o coração
Incitava-me a buscar sem devaneios,
Com os olhos carregados de esperança
A procurar na emoção do amor, os teus enleios...
Entre a cerração que ofuscava-me a procura
Buscava, ao som do mar em fúria de chuva e maresia,
Alguma marca dos teus passos pela branca areia
Donde as frenéticas ondas apagaram-te a travessia...
Caminhei assim por dias e tardes enevoadas
Sob nuvens enegrecidas, tormentosas de presságios
Onde aves negras voavam apressadas, aguerridas
A cortar o vento e a cantar à minha incansável busca
Num cantar lúgubre e pesaroso, como num adágio
Caí por terra a prantear a procura tanta
Que parecia fadada ao desencanto, infortúnio
Quando, por entre a bruma enevoada,
Por entre raios e trovoadas, num instante
Ao longe, sob um arco-íris desfraldado,
Trêmula e encharcada, tu também me buscava
A Poesia Enevoada
(Daniel Amaral)
15/10/2009
Com os olhos carregados de esperança
A procurar na emoção do amor, os teus enleios...
Entre a cerração que ofuscava-me a procura
Buscava, ao som do mar em fúria de chuva e maresia,
Alguma marca dos teus passos pela branca areia
Donde as frenéticas ondas apagaram-te a travessia...
Caminhei assim por dias e tardes enevoadas
Sob nuvens enegrecidas, tormentosas de presságios
Onde aves negras voavam apressadas, aguerridas
A cortar o vento e a cantar à minha incansável busca
Num cantar lúgubre e pesaroso, como num adágio
Caí por terra a prantear a procura tanta
Que parecia fadada ao desencanto, infortúnio
Quando, por entre a bruma enevoada,
Por entre raios e trovoadas, num instante
Ao longe, sob um arco-íris desfraldado,
Trêmula e encharcada, tu também me buscava
A Poesia Enevoada
(Daniel Amaral)
15/10/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
SE O TEMPO PARASSE
Ah. Se o tempo parasse...
e o vento soprasse
nos ouvidos da gente,
n'alguma insólita catarse,
uma frase qualquer...benfazeja,
Que nos despertasse uma voz
que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantasse
e num rumor a visão despertasse
Deste tempo futuro tão atroz
fizesse cair a barreira
que se impõe brutal, derradeira
nos cortando em lamento a voz.
Ah. Se o tempo parasse...
Daniel Amaral
03/01/2009
nos ouvidos da gente,
n'alguma insólita catarse,
uma frase qualquer...benfazeja,
Que nos despertasse uma voz
que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantasse
e num rumor a visão despertasse
Deste tempo futuro tão atroz
fizesse cair a barreira
que se impõe brutal, derradeira
nos cortando em lamento a voz.
Ah. Se o tempo parasse...
Daniel Amaral
03/01/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
FLOR DO CAMPO
Onde estás, flor de rara beleza?
Ninfa de tons virginais que cativas,
Por que escondes de mim tuas pétalas?
Oh! Não leves de mim tua singeleza...
Odorífera corola de vivas cores...
Busco-te pelo jardim florido
Mas não vejo os teus ramos...
Espio por entre os rocios
Na relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastio,
Com olhos desesperançados
Mas mesmo assim, entretanto
Guardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembrança de alegria, o pranto
Num lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que terei,
Mesmo na busca que tarda, dolorosa,
Mesmo nas teias das vicissitudes,...
Virá até mim sorridente o momento
Em que te encontrarei linda, airosa
Minha flor do campo, jóia rara
Viverás sempre em mim... gloriosa!
Daniel Amaral
10/05/2009
Onde estás, flor de rara beleza?Por que escondes de mim tuas pétalas?
Oh! Não leves de mim tua singeleza...
Odorífera corola de vivas cores...
Busco-te pelo jardim florido
Mas não vejo os teus ramos...
Espio por entre os rocios
Na relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastio,
Com olhos desesperançados
Mas mesmo assim, entretanto
Guardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembrança de alegria, o pranto
Num lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que terei,
Mesmo na busca que tarda, dolorosa,
Mesmo nas teias das vicissitudes,...
Virá até mim sorridente o momento
Em que te encontrarei linda, airosa
Minha flor do campo, jóia rara
Viverás sempre em mim... gloriosa!
Daniel Amaral
10/05/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
NÃO CHORES MAIS
Não te deixes inundar de tristeza tanta.
Busque antes a beleza do sorriso
Que de festas te contagia e encanta.
Olha à tua volta, que existência fecunda!
Vês quantas alegrias te dá graciosa a vida...
Não temas a noite, que nos enche de presságios
E os nossos sonhos de temores inunda...
Procura em teu seio a fartura querida
Que, do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcançará, enquanto não desistires
Da tua chama sequiosa e repleta de vida.
És tu o sol interior de tua vivência,
A tua chama alta linda e flamejante,
Com a qual te brindou a existência
Para completares sem medos a tua senda.
Daniel Amaral
28/12/2009
Busque antes a beleza do sorriso
Que de festas te contagia e encanta.
Olha à tua volta, que existência fecunda!
Vês quantas alegrias te dá graciosa a vida...
Não temas a noite, que nos enche de presságios
E os nossos sonhos de temores inunda...
Procura em teu seio a fartura querida
Que, do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcançará, enquanto não desistires
Da tua chama sequiosa e repleta de vida.
És tu o sol interior de tua vivência,
A tua chama alta linda e flamejante,
Com a qual te brindou a existência
Para completares sem medos a tua senda.
Daniel Amaral
28/12/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
TRISTESSE
Hoje quando te vi triste, chorei.
Eu que te achava completa. Muralha
Impassível às ondas deste oceano vida,
Te vi então sofrida e aturdido aos céus implorei:
Que uma luz te conduza de volta a alegria.
Alegria que em ti eu sempre avistei.
Que aos teus olhos, de brilhante magia,
Cuja beleza sempre celebrei,
Volte o brilho sereno deste azul céu
Que é seu... Todo o resto é nostalgia...
Não sofras mais, poetisa, não chores...
Daniel Amaral
21/01/2010
Eu que te achava completa. Muralha
Impassível às ondas deste oceano vida,
Te vi então sofrida e aturdido aos céus implorei:
Que uma luz te conduza de volta a alegria.
Alegria que em ti eu sempre avistei.
Que aos teus olhos, de brilhante magia,
Cuja beleza sempre celebrei,
Volte o brilho sereno deste azul céu
Que é seu... Todo o resto é nostalgia...
Não sofras mais, poetisa, não chores...
Daniel Amaral
21/01/2010
AS MULHERES
Ah... As Mulheres!
Agradeçamos aos céus com gratidão...
Abençoadas sejam todas as mulheres!
Bem aventuradas! Amadas sejam elas,
Mães da vida e do amor incondicional.
Verdadeiras mulheres, divina criação...
Perseverem, permaneçam mulheres,
Nossas mães, nossas filhas, nossas fêmeas
A preencher-nos de ternura o coração.
Daniel Amaral
28/02/2010
Agradeçamos aos céus com gratidão...
Abençoadas sejam todas as mulheres!
Bem aventuradas! Amadas sejam elas,
Mães da vida e do amor incondicional.
Verdadeiras mulheres, divina criação...
Perseverem, permaneçam mulheres,
Nossas mães, nossas filhas, nossas fêmeas
A preencher-nos de ternura o coração.
Daniel Amaral
28/02/2010
PASSAGEM
No dia em que eu morri
Soprava um vento danado,
O frio fazia-me prostrado
A compungir-me o coração
Que cansado de tanta tristeza,
Caído sob os pés da vileza -
Retrato da vida incerta
Que matou a emoção.
Nostalgia...
Na noite tardia.
Passei-me... morri...
Mergulhei no vazio.
Do asceta simplório,
Vi o tempo perdido
De viver sempre aturdido
No despropósito inglório
Assim, me passei desapercebido...
Me esfumei consumido...
Lá fora só a noite se condoía
Em sons de lamúrias...
Sofridos...
Daniel Amaral
11/05/2010
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Soprava um vento danado,
O frio fazia-me prostrado
A compungir-me o coração
Que cansado de tanta tristeza,
Caído sob os pés da vileza -
Retrato da vida incerta
Que matou a emoção.
Nostalgia...
Na noite tardia.
Passei-me... morri...
Mergulhei no vazio.
Do asceta simplório,
Vi o tempo perdido
De viver sempre aturdido
No despropósito inglório
Assim, me passei desapercebido...
Me esfumei consumido...
Lá fora só a noite se condoía
Em sons de lamúrias...
Sofridos...
Daniel Amaral
11/05/2010
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